Blog do João Sérgio

15/05/2009

Meios de comunicação de massa

Filed under: Uncategorized — João Sérgio @ 11:29 pm

Segue texto sobre meios de comunicação de massa que escrevi para trabalho da matéria de Ciomunicação e Marketing, na faculdade, com a colaboração dos colegas Camila Dias, Cláudio Moura, Danilo Moreira, Marcus Vinícius Costa, Ronaldo Meneguite e Victor Ribeiro

Segundo os dicionários a informação é definida como o ato de informar. Sob essa visão, a informação é vista como “algo” advindo de uma ação. Comunicação é o Processo pelo qual ideias e sentimentos se transmitem de indivíduo para indivíduo, tornando possível a interação social.
Comunicar-se, portanto, é uma necessidade fundamental do ser humano. Através da comunicação, desde os tempos primitivos, o homem podia trocar informações sobre o melhor lugar para encontrar presas para a caça, para se refugiar predadores, o melhor lugar e a melhor época para plantar a lavoura. Da mesma forma, cada nova geração pode se valer do que a anterior aprendeu, e passar o que descobriu para a próxima. Dessa forma, trocando informações, a espécie humana conseguiu se destacar das outras espécies, construir civilizações, desenvolver tecnologias.
Ao longo da história, os meios pelos quais se dava essa troca de informações foi evoluindo, com a criação das mais diversas formas de transmitir mensagens e compartilhar informação. Primeiro, vieram os gestos, depois a fala. Depois veio a escrita, que tornou possível “armazenar” mensagens para serem lidas sem a necessidade da presença do emissor. Mais tarde surgiu a prensa tipográfica, que tornou possível se replicar a informação a um custo relativamente baixo. A partir de meados do século XIX, com o surgimento do telégrafo, se tornou possível realizar a comunicação a grandes distâncias sem que alguém tivesse que se deslocar levando a mensagem. A partir daí surgiram o telefone, o rádio, a televisão e as tecnologias digitais. Hoje vivemos a chamada “era da informação”, na qual as trocas de informação se forma de cada vez mais intensa. Nesse cenário, os chamados “meios de comunicação de massa”, exercem um papel de grande importância. Através deles, é possível se transmitir mensagens a milhões de pessoas ao mesmo tempo. Um poder ao mesmo incrível e assustador.
Incrível porque através desses meios é possível se levar educação, entretenimento, informações de grande utilidade pública (instruções de como prevenir determinadas doenças, por exemplo). Assustador porque a maioria desses meios (rádio, TV, revista, jornal) funciona na lógica de “um para muitos”, ou seja, há um número reduzidos de pessoas produzindo conteúdo, e um número muitas vezes maior na outra ponta, consumindo. Isso faz com que a emissão de informações seja facilmente submetida a controle. Esse controle se divide basicamente em dois tipos, que muitas vezes se misturam: um deles é o controle exercido pelo Estado, sobretudo em regimes de exceção, como ocorria, por exemplo, no período da Ditadura Militar. O outro é o controle dos donos dos meios, seja como autocensura, seja na defesa de interesses políticos, econômicos e/ou religiosos aos qual o grupo controlador do meio seja ligado.

No caso específico do Brasil, dez famílias controlam os principais meios de comunicação privados: Abravanel (SBT), Sirotsky (RBS, maior grupo de comunicação do sul do Brasil), Civita (Editora Abril), Macedo (Record), Frias (Folha de S. Paulo), Levy (Gazeta Mercantil), Marinho (Organizações Globo), Mesquita (O Estado de S. Paulo), Nascimento Brito (Jornal do Brasil) e Saad (Rede Bandeirantes) Quer dizer, umas poucas famílias têm o poder de definir o que vai ser discutido ou não pela sociedade, e de que lado as questões serão abordadas. São eles que tem o poder de definir quem será retratado como herói, quem aparecerá como vilão, quem será ignorado.
Em princípio, todo meio de comunicação diz ser imparcial. Sabe-se, no entanto, que tal imparcialidade é algo difícil de ser alcançado, por uma série de fatores. O primeiro ponto é que a própria seleção do que é noticiado já envolve um julgamento de valor. Da mesma maneira, também há julgamento de valor quando se escolhe a abordagem que se dará a cada assunto, que destaque será dado a ele, quem será ouvido para comentar a notícia. Mas essa seleção não é um mal em si mesma, uma vez que é algo natural, que é feito não apenas pela mídia, mas por todos nós a todo instante.
O problema ocorre quando os meios se concentram em poucas mãos, pois assim a questão é vista por poucos lados, e muitos setores da sociedade não têm como mostrar a sua visão sobre o que ocorre. Com isso, a sociedade tem apenas uma visão dos fatos, e muitas coisas, embora influam diretamente na vida de milhões de pessoas, ficam “invisíveis” para a população, pelo fato de não aparecer na mídia. Tem-se apenas uma visão das coisas, se enxerga as questões de apenas um ponto de vista. Ou seja, não há uma “opinião pública”, fruto da reflexão da população após tomar conhecimento dos fatos e sim uma “opinião publicada”, fruto na maioria das vezes dos interesses dos donos dos meios.
O Brasil tem um sistema misto de radiodifusão, assim como outros países, com pesos diferentes para a mídia pública e a mídia privada. Porém, ao contrário do que ocorreu na maioria dos países europeus, nos quais as primeiras emissoras de TV a surgir foram às públicas (BBC na Inglaterra, TV5 na França, RAI na Itália, RTP em Portugal e assim por diante), foram às emissoras privadas que iniciaram as transmissões, e foram as únicas existentes durante muito tempo (a primeira TV Educativa do Brasil veio apenas no ano de 1967, em Pernambuco). Dessa forma, foram os meios privados que acabaram estabelecendo o padrão do que entendemos como televisão, que formaram o gosto do público brasileiro. Ao longo das décadas aprendemos a assistir notícias num horário x, novelas num horário, programas de auditório nos fins de semana, e assim por diante.
Por isso, muitas vezes as emissoras públicas tratam apenas de reproduzir os modelos de programação das redes privadas, repetindo consequentemente muitos erros, tais como a superficialidade no tratamento das questões.
Fora isso, há outros problemas, como a falta de conteúdos regionais, não havendo, muitas vezes, espaço para a divulgação de informações relevantes para a comunidade legal, ou para a difusão das manifestações culturais típicas de cada lugar. Predomina a chamada “cultura pop”, pasteurizada, fazendo com que as novas gerações muitas vezes desconheçam as tradições culturais dos locais onde vivem.

Há também a questão da radiodifusão comunitária, que encontra muitos problemas devido à excessiva burocracia estatal para se conseguir concessões para as emissoras comunitárias, que por isso muitas vezes funcionam clandestinamente, o que acarreta vários problemas com a Agência Nacional de telecomunicações, responsável pela fiscalização do setor no Brasil.
Nem tudo, porém são problemas. Nos últimos anos, mais e mais iniciativas vem sendo tomadas no sentido de se democratizar a comunicação e a difusão de informações. Nesse processo, a internet tem desempenhado um papel fundamental, por uma razão bastante simples: ao contrário dos meios tradicionais, a internet se baseia na arquitetura de “muitos para muitos”, ou seja, há a possibilidade de muito mais pessoas emitirem informação, seja criando suas próprias páginas e blogs, seja através de redes sociais, fóruns e afins. Dessa forma, as pessoas e as organizações têm oportunidade não só de dar a sua visão dos fatos, como também de questionar a maneira que os meios tradicionais tratam certas questões. Nesse questionamento, têm se destacado ultimam ante e no país sites como o Observatório da Imprensa(dirigido pelo jornalista Alberto Dines), Conversa Afiada(Paulo Henrique Amorim) e o Centro de Mídia Independente, (site no qual é possível encontrar textos escritos por gente das mais variadas tendências). Há também blogs de jornalistas como Luís Nassif, “Vi o mundo”, de Luiz Carlos Azenha, e “o Escrivinhador”, de Rodrigo Vianna, jornalistas que conhecem bem a maneira como funcionam os grandes veículos de comunicação, e explicam de forma bastante simples como, por que e a mando de quem ocorrem manipulações, sobretudo apontando.
Há também os sites de sindicatos, associações de moradores e movimentos sociais, que trazem a visão dessas organizações sobre o que acontece na maioria das vezes muito diferente do que aparece nos meios tradicionais. Sem falar em inúmeros blogs pessoais de cidadãos que embora não sejam jornalistas no sentido tradicional da palavra, utilizam a internet para expressar sua opinião sobre os mais diversos assuntos.
O problema, porém, é que a internet não Brasil ainda não é algo universalizado, e o acesso ainda se concentra nos níveis sociais mais elevados e nos grandes centros urbanos, sendo as conexões extremamente lentas e caras, quando comparadas às existentes nos países desenvolvidos. Nesse sentido, é de essencial importância que se intensifiquem os esforços para se levar o acesso à internet a mais pessoas.
Há também inúmeros movimentos que reivindicam pela democratização das concessões de radiodifusão, como por exemplo, o coletivo “Intervozes”, que congrega ativistas e profissionais de comunicação, com o objetivo “lutar pelo direito humano à comunicação”.
Entre as vitórias obtidas nessa luta, destaca-se a convocação da I Conferência Nacional de comunicação, na qual representantes dos mais variados setores da sociedade(governo, empresários, movimentos sociais, sindicatos) para discutir um novo marco regulatório para as comunicações no Brasil, uma vez que a lei que atualmente regula a radiodifusão é de 1962, e de lá para cá ocorreram inúmeras mudanças tecnológicas no setor.
Enfim, a comunicação de massa é uma ferramenta importantíssima, que deve ser utilizada com responsabilidade, visto que pode ter enorme impacto sobre a sociedade. O ideal é que se garanta a todos os setores da sociedade a oportunidade de manifestarem a sua visão dos fatos, para que a chamada “opinião pública” possa ter acesso a todas as visões, e daí tirar a sua conclusão.

Texto também publicado em http://www.trezentos.blog.br/?p=1357

08/05/2009

Mega Não-chamada para ato contra AI-5 digital

Filed under: Uncategorized — João Sérgio @ 11:25 am

ato+contraAI5digital

15/11/2008

Blogagem Política II- Contra o vigilantismo

Filed under: Uncategorized — João Sérgio @ 1:56 pm

Volto a postar nesse blog semi-fantasma para participar da blogagem Política II: contra o vigilantismo.  Mais informações sobre o que é a blogagem e quem mais participa dela podem ser encontradas em http://xocensura.wordpress.com/2008/11/15/hoje-e-dia-da-blogagem-politica-nao-ao-vigilantismo/

Selo blogagem coletiva II - insira no seu blog

22/08/2008

Definidos relatores do projeto de Azeredo

Filed under: Uncategorized — João Sérgio @ 6:52 pm

As comissões de Constituição e Justiça, Segurança Pública e Ciência e Tecnologia definiram seus relatores para o projeto de lei dos cibercrimes, de autoria do Senador Eduardo Azeredo(PSDB-MG).São eles

Comissão de Constituição e Justiça: Deputado Régis de Oliveira(PSC-SP). E-mail: dep.regisdeoliveira@camara.gov.br

Comissão de Segurança Pública: Deputado Pinto Itamaraty(PSDB-MA). E-mail: dep.pintoitamaraty@camara.gov.br

Comissão de Ciência e Tecnologia: Deputado Júlio Semeghini(PSDB-SP). E-mail: dep.juliosemeghini@camara.gov.br

Pressão neles

11/08/2008

Corrupção e violência são duas faces do mesmo projeto

Filed under: Uncategorized — João Sérgio @ 4:39 pm

Manifesto de diversos movimentos sociais do Rio Grande do Sul contra a criminalização da luta pela terra, e por avanços na sociedade como um todo:

O Rio Grande do Sul vive um estado de exceção. Toda e qualquer manifestação social é reprimida com violência pela Brigada Militar sob ordens da governadora Yeda Crusius. São freqüentes os episódios de trabalhadores e trabalhadoras algemados, feridos com balas de borracha e atingidos por bombas de gás lacrimogêneo e pimenta. Professores, metalúrgicos, sem terras, desempregados… a violência do Estado contra os pobres é cotidiana nas abordagens da polícia para os trabalhadores, seja nos bairros, seja nos movimentos sociais.

Os episódios do dia 12 de junho são apenas a página mais recente desta história. Movimentos sociais que protestavam contra a alta do preço dos alimentos, antes de um ato contra a corrupção, foram cercados e feridos pela Brigada Militar. O objetivo da polícia gaúcha era evidente: impedir que os movimentos sociais denunciassem a corrupção que sustenta o governo Yeda Crusius.

Nosso compromisso

A corrupção não se dá apenas no desvio de recursos de órgãos públicos, como os R$ 44 milhões desviados do Detran sob investigação por uma CPI. A corrupção também é institucionalizada e formalizada nos financiamentos de campanha. A governadora foi financiada por grandes grupos financeiros e por empresas transnacionais. Apenas três empresas de celulose – Stora Enso, Aracruz Celulose e Votorantim – doaram meio milhão de reais para a campanha Yeda.

E o agradecimento às doações são pagos em políticas da governadora: desregulamentação ambiental para beneficiar a compra de áreas por papeleiras, fechamento de salas de aulas e turmas de Educação de Jovens e Adultos, privatização do Banrisul, concessões fiscais aos financiadores da sua campanha.

E para o movimento social organizado, violência e repressão. Repressão que não é apenas um método, mas parte desta política, gestada pelos mesmos setores que ordenaram o Massacre de Eldorado de Carajás no Pará e o Massacre de Felisburgo em Minas Gerais.

Os movimentos sociais gaúchos não esmoreceram e seguirão lutando não apenas para que todos os casos de corrupção sejam apurados, mas para que tenhamos uma verdadeira reforma política, que impeça que grupos transnacionais governem através do financiamento de campanha. Nosso compromisso é com a construção de um projeto popular para o Brasil que garanta educação, saúde, terra e trabalho para todos e com dignidade.

Porto Alegre, 12 de junho de 2008

Comissão Pastoral da Terra – CPT

Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação do Rio Grande do Sul

Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul

Levante Popular da Juventude

Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB

Movimento das Mulheres Camponesas – MMC

Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis – MNCR

Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST

Movimento dos Trabalhadores Desempregados – MTD

Pastoral da Juventude Rural – PJR

Resistência Popular”

08/08/2008

Deputados pedem audiência pública para discutir projeto de Azeredo com a sociedade

Filed under: Uncategorized — João Sérgio @ 5:01 pm

Deputados querem audiência para debater PL sobre crimes cibernéticos

Os deputados Jorge Bittar (PT-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP)
no último dia 7 um requerimento de audiência pública para
discutir o projeto de crimes cibernéticos (PL 84/1999) na Comissão de
Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara.

O requerimento de audiência pública deve entrar na próxima pauta da
reunião, na quarta (13/08). A justificativa dos deputados é a polêmica
que a matéria vem causando, com denúncias de promover censura na
internet.

O projeto aprovado no Senado vai tramitar com regime de urgência, e
deve chegar à Comissão de Ciência e Tecnologia nos próximos dias.
As comissões de Segurança Pública e CCJ também vão analisar as
mudanças feitas no Senado. (Da Redação)

Adaptado de:

http://www.telesintese.ig.com.br/index.php?option=content&task=view&id=9453&Itemid=10

05/08/2008

Ciberativismo: 100 mil assinaturas contra o AI-5 digital

Filed under: Uncategorized — João Sérgio @ 1:31 pm

A petição pelo veto ao projeto de cibercrimes atingiu nesta manhã a marca de 100 mil assinaturas.  Feito considerável, uma vez que foi atingido sem dinheiro, sem mídia, apenas com a força das idéias, à base do boca-a-boca, de redes sociais e-mail e similares.

Se você ainda não assinou, entre em http://petitiononline.com/veto2008 e msotre que você tambem não aceita esse absurdo que querem impor ao povo na calada da noite, sem maiores discussões. Se já assinou, divulgue a petição ao maior número de pessoas possível.

Entre tembém em http://www.camara.gov.br/internet/portalrelacionamento/defaultdeputados.asp e deixe um recado para os deputados dizendo NÃO à censura na rede, NÃO ao “Grande Irmão”, NÃO ao vigilantismo digital

29/07/2008

Entrevista com Eduardo Azeredo

Filed under: Uncategorized — João Sérgio @ 10:33 am

Em entrevista à Rádio Relógio, do Rio de Janeiro, o Senador Eduardo Azeredo(PSDB-MG) fala sobre o projeto de lei dos Cibercrimes, de sua autoria.

Parte 1:

Parte 2:

Parte 3:

Parte 4:

19/07/2008

Pela Liberdade na internet

Filed under: Uncategorized — João Sérgio @ 12:11 am

Hoje é dia 19 de julho, dia da blogagem coletiva contra o Projeto dos cibercrimes, aprovado no Senado na noite do último dia 9, e que seguirá para análise na Câmara.

O projeto tem vários pontos positivos, ao combater a pedofilia e o roubo de senhas, mas esconde pontos perigosos, ao aumentar exageradamente a proteção aos direitos autorais, prejudicanso assim o compartilhamento de informações pela rede.

Por isso, está circulando na rede um abaixo-assinado pedindo que esses pontos específicos sejam retirados do projeto. ele está disponível em http://petitiononline.com/veto2008

Deixo também alguns links para sites com informações mais detalhadas sobre o projeto e o modo como ele pode afetar a vida de todos os internautas do Brasil

http://forumpcs.com.br/viewtopic.php?t=241021

http://samadeu.blogspot.com

20/05/2008

Pior música do mundo

Filed under: Uncategorized — João Sérgio @ 10:29 pm

Não é só no Brasil que músicas do estilo “Créu” ou “Egüinha Pocotó” fazem sucesso. Na Espanha, escolheram a música ‘Chiki Chiki’, cantada por Rodolfo Chikilicuatre, para representar o país no Eurovision, principal festival de música da Europa. Assista ao vídeo e saiba o motivo do título do post

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